RIO - A Google Inc., dona do site de relacionamento Orkut, usado por  cerca de 20 milhões de brasileiros, negou que vai fechar ou bloquear o  serviço no Brasil. Através de seu procurador no país, o advogado Durval  Noronha, a empresa negou o interesse em fechar o serviço e insistiu na  tese de que a empresa, diferentemente do que diz o Ministério Público  Federal, tem colaborado na identificação de criminosos que usam o Orkut  para a prática de crimes, informa a repórter Elis Monteiro no jornal "O  Globo" desta segunda-feira.  
Semana passada, uma peleja teve início entre a Justiça brasileira  e a filial da empresa no país. O motivo é a suposta recusa da Google em  entregar dados, como números IP, de usuários investigados por crimes no  site de relacionamentos; a filial se defende dizendo que não tem acesso  a tais dados, guardados nos servidores da matriz, na Califórnia.   
Não satisfeito, o MP entrou com ação civil pedindo multa de R$  150 milhões, mais multas diárias pelo não cumprimento dos pedidos da  Justiça. Pediu ainda o fechamento da subsidiária no Brasil, se a recusa  persistir.  
— Não tenho interesse em acabar com o Orkut, mas MP e Google não  se suportam e o que me preocupa são as cerca de mil páginas criminosas  que são abertas no Orkut por mês. Por isso pedi ajuda ao Congresso  Americano — diz o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, presidente da  Comissão.  
A questão se complica porque o Ministério Público Federal tem  enviado as ordens judiciais à Google Brasil, subsidiária brasileira da  Google Inc. A Google Brasil, por sua vez, diz não ter acesso aos dados  dos usuários e que, por isso, os pedidos devem ser enviados diretamente à  sede da empresa. O MP, todavia, diz que não há diálogo com a sede da  empresa e que a Google Brasil, por ser uma filial da empresa, também tem  responsabilidades sobre o serviço.
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